quarta-feira, 15 de outubro de 2014

NOBEL PELA EDUCAÇÃO DAS CRIANÇAS


Malala Yousafzai e Kailash Satyarthi: dois nomes que o mundo jamais esquecerá!

 

A garota paquistanesa, de apenas 17 anos, e o ativista indiano, de 60 anos, dividiram o Prêmio Nobel da Paz de 2014 pela luta contra a opressão das crianças e dos jovens pelo direito à educação. Eles vão receber o prêmio de US$ 1,5 milhão, além de uma  medalha de ouro e um diploma.

Em 2012, um membro do Talibã disparou contra Malala no ônibus em que a menina voltava da escola, em represália por ser ativista a favor da educação. Desde então, vem lutando pelos direitos das mulheres e das crianças, especialmente pela educação no Paquistão. Símbolo da resistência contra o radicalismo ignorante, ela lançou um livro em que conta a sua história, Eu Sou Malala. Escrito em parceria com a jornalista britânica Christina Lamb, a obra narra o terror da jovem e de outros adolescentes perseguidos pelo talibã. Em 2013, ela venceu o Prêmio Sakharov para a Liberdade de Pensamento, do Parlamento Europeu.

Já Kailash Satyarthi abandonou a engenharia para combater o trabalho infantil em seu país. À frente da organização de uma ONG, Bachpan Bachao Andolan, que é um Movimento para Salvar as Crianças, em mais de 25 anos de trabalho resgatou mais de 80.000 crianças trabalhadoras, além de outros milhares de adultos mantidos em regime análogo à servidão e à escravidão. Atualmente, o indiano lidera a Marcha Global contra o Trabalho Infantil, um conglomerado de 2.000 organizações com finalidades sociais presentes em mais de 140 países.

Ao ser dividido entre uma paquistanesa e um indiano, o prêmio Nobel da Paz ganha ainda mais relevância pela rivalidade histórica entre Índia e Paquistão, uma vez que esses dois vizinhos vivem em clima de permanente tensão em decorrência de disputas étnicas e territoriais.

Acima de tudo, dar o prêmio à Malala e Kailash, o Comitê Nobel Norueguês mostrou que a luta pela educação das crianças – impedidas de frequentar a escola por razões religiosas ou econômicas – deve ser uma prioridade de todo mundo, uma vez que o prêmio ajudará a dar mais visibilidade e atenção à causa das crianças negligenciadas e desprotegidas.

Brasília,DF, 15 de outubro de 2014.
Maria Auxiliadôra